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A gigante chinesa ByteDance, responsável por plataformas como o TikTok, está avaliando a possibilidade de instalar um data center no Complexo do Pecém, no Ceará. A informação foi divulgada pela agência internacional de notícias Reuters, que revelou ainda que a empresa está em negociações com a Casa dos Ventos, uma das principais produtoras de energia renovável do Brasil.
O movimento reforça o potencial estratégico do Porto do Pecém como polo para investimentos em infraestrutura tecnológica, atraídos especialmente pela proximidade com estações de cabos submarinos e pelo avanço da geração de energia limpa na região.
De acordo com a Reuters, a demanda energética total do projeto pode chegar a 1 gigawatt, sinalizando um investimento robusto e alinhado ao crescente interesse global por operações sustentáveis em tecnologia da informação. A instalação do data center no Ceará pode transformar o Brasil em uma base de operações da ByteDance no Hemisfério Ocidental, fortalecendo a presença da empresa na América Latina.
O Ministério de Minas e Energia do Brasil também estaria estudando formas de ampliar a capacidade da rede elétrica em áreas como o Pecém, visando viabilizar projetos de data centers e consolidar o país como um novo hub digital global.
Embora não tenha confirmado diretamente as negociações com a ByteDance, a Casa dos Ventos afirmou, em nota, que está comprometida em transformar o Porto do Pecém em um polo de inovação tecnológica e transição energética. A empresa destacou ainda que está desenvolvendo o maior centro de dados do país, além de um projeto de hidrogênio verde, ambos abastecidos por energia renovável proveniente do seu portfólio.
“O desenvolvimento desses projetos envolve a avaliação de possíveis parcerias com empresas que possam contribuir para sua implantação”, destacou a empresa.
A possível chegada da ByteDance ao Ceará reforça a vocação estratégica do estado como um dos principais destinos para investimentos tecnológicos e sustentáveis do Brasil, impulsionando inovação, conectividade e geração de empregos.
Fonte: Diário do Nordeste