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As recentes mudanças nas tarifas internacionais, impulsionadas pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, têm gerado movimentações importantes na economia global — e o Ceará pode se beneficiar diretamente disso. Produtos como camarão e atum, amplamente produzidos no estado, estão na mira do mercado chinês, um dos maiores consumidores de pescados do mundo.
De acordo com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o Brasil está próximo de obter autorizações formais para exportar pescados para a China. A expectativa tem mobilizado representantes do setor pesqueiro no Ceará, que veem na Ásia uma oportunidade estratégica para ampliar a presença internacional dos produtos locais.
Hoje, os principais destinos dos pescados cearenses são os Estados Unidos e a Indonésia, com destaque para a exportação de lagosta, atum e pargo. No entanto, a abertura do mercado chinês poderia representar uma virada significativa, especialmente para o camarão, que ainda não é autorizado para exportação ao país asiático — apesar de ser altamente demandado por lá.
O Ceará é o maior produtor de camarão do Brasil, com mais de 72 mil toneladas em 2023, segundo o IBGE. Para consolidar o acesso ao novo mercado, representantes do setor destacam a necessidade de acelerar processos de licenciamento de embarcações e fazendas aquícolas junto ao Ministério da Agricultura.
Outro produto com forte potencial de exportação é o atum cearense. Apesar do crescimento da produção, o setor ainda enfrenta desafios, como a regularização de embarcações e a ampliação das indústrias de beneficiamento. Segundo Bell Neves, da Qualipesc, há um movimento estratégico para atender à crescente demanda de países asiáticos como Japão e China.
Além do impacto positivo nas exportações, o avanço nas negociações pode gerar mais empregos, movimentar a economia regional e posicionar o Ceará como um dos principais players no comércio mundial de pescados.
A HubCeará acompanha de perto essas movimentações e segue trazendo atualizações sobre as oportunidades e transformações que impactam o desenvolvimento econômico do estado.
Fonte: Diário do Nordeste