Fortaleza pode ser o próximo grande polo de conectividade mundial. A Meta, gigante da tecnologia responsável pelo Instagram, Facebook e WhatsApp, anunciou o projeto Waterworth — uma infraestrutura submarina de 50 mil quilômetros de extensão que pretende conectar cinco continentes, e a capital cearense surge como forte candidata para receber parte dessa nova rede global.
Batizado de Waterworth (Vale da Água, em inglês), o projeto é considerado o mais ambicioso já desenvolvido pela Meta. Quando concluído, será o cabo submarino mais longo do mundo, ultrapassando até mesmo a circunferência da Terra. O objetivo é impulsionar a conectividade em mercados estratégicos para a empresa, como Brasil, Estados Unidos, Índia e África do Sul.
Fortaleza se destaca como candidata natural graças a sua localização estratégica — entre América do Norte, Europa e África — e à infraestrutura já consolidada, que inclui 16 cabos submarinos em operação, de acordo com dados da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice). Grandes empresas como Google, Angola Cables, Claro, EllaLink e China Unicom já operam na cidade.
Além disso, o crescente ecossistema de data centers no estado fortalece a competitividade da região para receber novos projetos de infraestrutura digital de grande porte.
“O Ceará tem se preparado para ser um estado digital. Projetos como o Waterworth são fundamentais para consolidar essa posição, e a Meta será recebida de portas abertas”, destacou Francisco Barbosa, presidente da Etice.
Com a chegada do Waterworth, espera-se um aumento significativo na capacidade de transmissão de dados e redução na latência das conexões, beneficiando diretamente setores como inteligência artificial, realidade aumentada, automação industrial, jogos eletrônicos e computação em nuvem.
Segundo especialistas, além de melhorar a performance de serviços digitais, o projeto deve impulsionar a instalação de novos negócios tecnológicos no Nordeste brasileiro, reforçando ainda mais a posição de Fortaleza como uma das principais portas de entrada de dados do mundo.
Embora ainda não haja confirmação oficial por parte da Meta ou de órgãos reguladores como a Anatel, o potencial impacto do projeto já movimenta o ecossistema de tecnologia e inovação no Ceará.
A HubCeará seguirá acompanhando de perto as novidades sobre a possível instalação do Waterworth e seu impacto na transformação digital do estado.
Fonte: Diário do Nordeste
